sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Um grito de alívio

...eu estava assim...

... mas depois fiquei assim...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Um grito na vida: Woody Allen, Meia Noite em Paris


“”Midnight in Paris’ de Woody Allen – que para mim, foi um dos melhores filmes de Allen nos últimos 10 anos, ou mesmo dos últimos 20 – avalia o passado, mas preocupa-se com os limites dessa nostalgia. Mas em vez de reafirmar o quão bom foram os tempos antigos, ‘Midnight in Paris’ agarra-se a algo bem mais complicado e indefinido. Movie Line

sábado, 10 de setembro de 2011

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Grito 57


Achava que não podia ser magoada


Achava que não podia ser magoada;

achava que com certeza era

imune ao sofrimento —

imune às dores do espírito

ou à agonia.


Meu mundo tinha o calor do sol de Abril

Meus pensamentos, salpicados de verde e ouro.

Minha alma em êxtase, ainda assim

Conheceu a dor suave e aguda que só o prazer

pode conter.


Minha alma planava sobre as gaivotas

que, ofegantes, tão alto se lançando,

lá no topo pareciam roçar suas asas

farfalhantes no teto azul

do céu.


(Como é frágil o coração humano,

um latejar, um frémito,

um frágil, luzente instrumento

de cristal que chora

ou canta).


Então de súbito meu mundo escureceu

e as trevas encobriram minha alegria.

Restou uma ausência triste e doída

onde mãos sem cuidado tocaram

e destruíram

minha teia prateada de felicidade.


As mãos estacaram, atónitas.

Mãos que me amavam, choraram ao ver

os destroços do meu firmamento.


(Como é frágil o coração humano —

espelhado poço de pensamentos.

Tão profundo e trémulo instrumento

de vidro, que canta

ou chora.)



Sylvia Plath