domingo, 30 de setembro de 2012
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Um grito bom: José Luís Peixoto, A criança em ruínas
na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
domingo, 23 de setembro de 2012
sábado, 22 de setembro de 2012
Um grito quente: Billie Holiday, The Man I Love
The Man I Love
Billie Holiday, Dinah Washington
Someday he'll come along, The man I love
And he'll be big and strong, The man I love
And when he comes my way
I'll do my best to make him stay
He'll look at me and smile, I'll understand
Then in a little while, He'll take my hand
And though it seems absurd
I know we both won't say a word
Maybe I shall meet him Sunday,
Maybe Monday, maybe not
Still I'm sure to meet him one day
Maybe Tuesday will be my good news day
He'll build a little home, That's meant for two
From which I'll never roam, Who would, would you
And so all else above
I'm dreaming of the man I love
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
O grito de coragem: Salman Rushdie
Público dixit:
Foi em 1989 que Rushdie publicou Os Versículos Satânicos, que o então líder religioso do Irão, o ayatolah Khomeini, considerou blasfemo e lançou uma fatwa contra o escritor. Ou seja, uma pena de morte.
Rushdie viveu os nove anos que se seguiram escondido e passou a usar um pseudónimo, Joseph Anton, que junta os nomes dos seus escritores favoritos, Anton Chekov e Joseph Conrad. Os seguranças que o acompanharam todo esse tempo, chamavam-lhe Joe.
O livro, em Portugal editado pela D. Quixote, está escrito na terceira pessoa e é uma crónica dos dias seguidos de dias iguais, sempre protegido por seguranças armados, que o escritor britânico de origem indiana passou.
O livro abre com o momento em que o escritor recebeu um telefonema de um jornalista (cujo nome não recorda), a dizer que a sua cabeça estava a prémio."Isto não pode ser bom", pensou. "Sou um homem morto", recordou numa entrevista à BBC.
O édito religioso ordenando a morte de Rushdie abriu um debate sobre liberdade de expressão e religião, debate que voltou às primeiras páginas dos jornais devido ao filme americano que troça do profeta Maomé. Os teores - da obra literária e do filme provocatório - não são comparáveis, mas o mundo muçulmano está em revolta.
"O filme é claramente um bocado de lixo, é muito mal feito e é maldoso. Reagir com esta violência é inapropriado. As pesosas que não tiveram nada a ver com aquilo estão a ser atacadas (...) Mas eu sempre disse que o que me aconteceu era um prólogo e que iriam aparecer muitos mais casos", disse Rushdie ao Daily Telegraph.
Nas 633 páginas do muito aguardado livro, Salman Rushdie, através de Joseph Anton, recorda o tempo em que estudou em Cambridge, o início da carreira literária, o dia em que recebeu o Booker Prize pelo livro Os Filhos da Meia Noite (1981) e de escrever Os Versículos Satânicos, oito anos depois, pensando "é só mais um romance".
Nos anos em que esteve "preso", houve violência nas ruas devido ao seu livro e à decisão do ayatolah, o seu tradutor japonês foi esfaqueado e morreu, um líder muçulmano que criticou a fatwa foi assassinado na Bélgica.
Apesar de o livro só hoje ter chegado às livrarias, os críticos já sentenciaram sobre esta nova obra. "Joseph Anton demonstra a habilidade de Rushdie como estilista e contador de histórias", escreveu Michael C. Moynihan no The Wall Street Journal. No Guardian Pankaj Mishra, menos impressionada, falou em "análise falhada".
Foi em 1989 que Rushdie publicou Os Versículos Satânicos, que o então líder religioso do Irão, o ayatolah Khomeini, considerou blasfemo e lançou uma fatwa contra o escritor. Ou seja, uma pena de morte.
Rushdie viveu os nove anos que se seguiram escondido e passou a usar um pseudónimo, Joseph Anton, que junta os nomes dos seus escritores favoritos, Anton Chekov e Joseph Conrad. Os seguranças que o acompanharam todo esse tempo, chamavam-lhe Joe.
O livro, em Portugal editado pela D. Quixote, está escrito na terceira pessoa e é uma crónica dos dias seguidos de dias iguais, sempre protegido por seguranças armados, que o escritor britânico de origem indiana passou.
O livro abre com o momento em que o escritor recebeu um telefonema de um jornalista (cujo nome não recorda), a dizer que a sua cabeça estava a prémio."Isto não pode ser bom", pensou. "Sou um homem morto", recordou numa entrevista à BBC.
O édito religioso ordenando a morte de Rushdie abriu um debate sobre liberdade de expressão e religião, debate que voltou às primeiras páginas dos jornais devido ao filme americano que troça do profeta Maomé. Os teores - da obra literária e do filme provocatório - não são comparáveis, mas o mundo muçulmano está em revolta.
"O filme é claramente um bocado de lixo, é muito mal feito e é maldoso. Reagir com esta violência é inapropriado. As pesosas que não tiveram nada a ver com aquilo estão a ser atacadas (...) Mas eu sempre disse que o que me aconteceu era um prólogo e que iriam aparecer muitos mais casos", disse Rushdie ao Daily Telegraph.
Nas 633 páginas do muito aguardado livro, Salman Rushdie, através de Joseph Anton, recorda o tempo em que estudou em Cambridge, o início da carreira literária, o dia em que recebeu o Booker Prize pelo livro Os Filhos da Meia Noite (1981) e de escrever Os Versículos Satânicos, oito anos depois, pensando "é só mais um romance".
Nos anos em que esteve "preso", houve violência nas ruas devido ao seu livro e à decisão do ayatolah, o seu tradutor japonês foi esfaqueado e morreu, um líder muçulmano que criticou a fatwa foi assassinado na Bélgica.
Apesar de o livro só hoje ter chegado às livrarias, os críticos já sentenciaram sobre esta nova obra. "Joseph Anton demonstra a habilidade de Rushdie como estilista e contador de histórias", escreveu Michael C. Moynihan no The Wall Street Journal. No Guardian Pankaj Mishra, menos impressionada, falou em "análise falhada".
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
terça-feira, 18 de setembro de 2012
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Um grito de tristeza: Roberto Roversi
Da L’ITALIA SEPOLTA SOTTO LA NEVE
(Parte prima)
86
Lavora una talpa nel giardino degli acquazzoni d’
aprile mese crudele.
Aprile s’affaccia, brucia, brucia le foglie appena,
sui fogli
scritti appena scritti.
Così calmo. Anche il mese crudele. Si spegne.
Aprile viaggia su strani arcobaleni.
Saluterà la terra.
Ciò che lui ha detto ha fatto. Così è scritto.
Lascia
cadere parole
un uomo
vecchio alle spalle le raccoglie piangendo.
Sul nome di antichi poeti le rovine edificano
pietre edifica il tempo.
Oggi piove.
È sereno.
Il mese sereno crudele
scioglie le
montagne del tempo, il fiume è
neve.
In
quell’estate i giorni con pause impenetrabili.
Racconta per telefono notizie della guerra
era
domingo, 16 de setembro de 2012
sábado, 15 de setembro de 2012
Um grito de sempre: Álvaro de Campos
Tabacaria
Álvaro de Campos
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordámos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.
(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente
Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como a uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de se estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheco-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.
|
Álvaro de Campos
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Um grito terrivelmente belo: Maria Callas
Mon Coeur s'ouvre a ta voix
comme s'ouvrent les fleurs
aux baisers de l'aurore!
Mais, o mon bien-aime,
pour mieux secher mes pleurs,
que ta voix parle encore!
Dis Moi qu'a Dalila tu reviens
pour jamais!
Redis a ma tendresse
Les serments d'autrefois,
Ces serments que j'aimais
Ah! responds a ma tendresse
Verse-moi, verse moi l'ivresse!
Responds a ma tenfresse, etc
Dalila, Dalila, je t'aime!
Ainsi qu'on voit des bles les
epis onduler
sous la brise legere,
ainsi fremis mon Coeur,
pret a se consler.
A ta voix qui m'est chere!
La fleche est moins rapise a porter le trepas,
que ne l'est ton amante a voler
dans tes bras!
comme s'ouvrent les fleurs
aux baisers de l'aurore!
Mais, o mon bien-aime,
pour mieux secher mes pleurs,
que ta voix parle encore!
Dis Moi qu'a Dalila tu reviens
pour jamais!
Redis a ma tendresse
Les serments d'autrefois,
Ces serments que j'aimais
Ah! responds a ma tendresse
Verse-moi, verse moi l'ivresse!
Responds a ma tenfresse, etc
Dalila, Dalila, je t'aime!
Ainsi qu'on voit des bles les
epis onduler
sous la brise legere,
ainsi fremis mon Coeur,
pret a se consler.
A ta voix qui m'est chere!
La fleche est moins rapise a porter le trepas,
que ne l'est ton amante a voler
dans tes bras!
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Um grito de génio: Yeats, William Butler
When you are old
When you are old and grey and full of sleep,
And nodding by the fire, take down this book,
And slowly read, and dream of the soft look
Your eyes had once, and of their shadows deep
How many loved your moments of glad grace,
And loved your beauty with love false or true,
But one man loved the pilgrim soul in you,
And loved the sorrows of your changing face;
And bending down beside the glowing bars,
Murmur, a little sadly, how Love fled
And paced upon the mountains overhead
And hid his face amid a crowd of stars.
When you are old and grey and full of sleep,
And nodding by the fire, take down this book,
And slowly read, and dream of the soft look
Your eyes had once, and of their shadows deep
How many loved your moments of glad grace,
And loved your beauty with love false or true,
But one man loved the pilgrim soul in you,
And loved the sorrows of your changing face;
And bending down beside the glowing bars,
Murmur, a little sadly, how Love fled
And paced upon the mountains overhead
And hid his face amid a crowd of stars.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
sábado, 8 de setembro de 2012
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
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