Comovo-me
quando ouço algum paciente dizer que tem uma vida boa.
Mas,
quando ouço um paciente dizer que
apesar da doença genética que matou o pai, a avó, alguns tios e que o matará a ele, ele não quer morrer porque tem uma vida boa.
Ou
quando ouço um paciente dizer que
apesar de ganhar o ordenado mínimo e não ter dinheiro a partir do dia 15 até receber, apesar de viver em casa de familiares, apesar de nunca ter ido a Lisboa, tem uma vida boa.
Pergunto-me se não estarei sentada no lado errado da secretária.
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Pergunto-me se já ponderou no coeficiente de satisfação humana em relação à ambição do homem como elemento da sociedade contemporânea, capitalista, consumista e egoista.
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